Era uma vez um cientista que descobriu que os espelhos, ao contrário do que se acreditava, não eram superfícies que refletiam raios de luz, mostrando a imagem daquilo que está à sua frente. Eram, na verdade, superfícies que refletiam os pensamentos mais íntimos das pessoas, mostrando aquilo que elas achavam que eram.
Essa descoberta, obviamente, causou muita polêmica. Pessoas que se achavam feias descobriram que eram na verdade galãs e musas de novela, e pessoas que sempre tinham se achado muito bonitas perceberam que eram horrorosas. Algumas poucas não mudaram em nada sua concepção de si mesmas.
Porém, todo esse frisson não durou muito, pois logo o cientista inventou um novo espelho, que mostrava quem a pessoa era. A imagem mostrada mudava de acordo com o caráter de quem se punha à frente desse dele.
A nova invenção também não agradou, pois muitos que tinham recém se descoberto bonitos, perceberam que eram monstros por dentro. Outros, que tinham se percebido feios antes, perceberam que tinham uma linda alma.
Com toda essa polêmica, o cientista então resolveu inventar um último espelho: um que mostrava quem a pessoa queria ser, e não quem ela era. Após muito trabalho, sua invenção foi concluída. Ele a batizou de Photoshop, e desde então as pessoas tem estado confortáveis com seus espelhos.