A humanidade é um subproduto
de uma série de efeitos borboleta evolucionários,
como Che Guevara, revolucionários,
que se iniciaram quando a primeira molécula
orgânica se formou na sopa primordial
Não se zangue se eu te deixar, meu bem
Mas é que me apaixonei de novo por alguém
Cheirei feromônio do meu próprio ego
Sou um pobre demônio, assim me nego
Porque viver assim sozinho é fazer parte do sistema
É ser também orquídea quando eu sugo seu floema
É cheirar a urubu no sovaco de um poema
E vou andando em círculo vendo se algo vai acontecer
E vou vivendo a vida esperando minha hora de morrer
Enquanto ninguém perde uma perna
Todos continuam brincando
Nesse campo minado
Como se fosse quintal
A vida é um suicídio homeopático
Enquanto se tenta aproveitar a vista
A caminho da forca
E isto não é arte porque eu não sou artista
Mas sou arteiro
E isso não é música porque não sou asno
Mas falo muita asneira
Briga de anima e animus
Ninguém acalma os ânimos
Freudianos, Junguianos, mas continuamos
Sem resposta pras perguntas que perguntamos
Psicanálise existencial
Entre Lorde Byron e as Flores do Mal
Essa nem Darwin previu
Mas bem que Einstein curtiu
E quem não entendeu, e quem não gostou
Que vá pra fuga do Brasil
Nos matamos nos matando
Ou até tomando banho e cantando
Enquanto o século XXI vai passando
Enquanto isso o mundo vai caminhando
Pro desenvolvimento sustentável
E enquanto isso destruímos pra sempre
Um planeta habitável
Suicídio flexível, radical é rigor mortis
Eutanásia coletiva porque a vida
É só o tempo que falta pra morte
E todos dizem que eu tô deprimido
E o doutor manda eu tomar comprimido
Mas pra que se essa canção todo mundo já cantou
E quem ouve sempre diz que não gostou
E a razão de existir ninguém explica
Então vou dando meu adeus, que ah! Meu Deus!
A morte é só pra quem fica
Mas meu amor não fique chateada
Se eu descer na próxima parada
Que o meu humanismo já tá esgotado
E esse coletivo tá lotado.
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