Existe algo de levemente suicida no ato de fumar. É um suicídio homeopático, por assim dizer (ou talvez nem tão homeopático assim). Como se no ato de queimar e inalar um rolinho de ervas secas se conseguisse transformar em cinza também uma parte de si. Talvez na esperança vã de que, como uma fênix, algo novo surja delas. Ou talvez simplesmente na esperança de que esse ato de eutanásia seja menos doloroso e menos impactante para quem fica pra trás.
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